![Cabeçalho_CBP_60000_especial_33.png](https://static.wixstatic.com/media/a584ec_d8a20bb5625441689eb9973d6402c29a~mv2.png/v1/fill/w_978,h_212,al_c,q_85,usm_4.00_1.00_0.00,enc_auto/Cabe%C3%A7alho_CBP_60000_especial_33.png)
(11) Aula Inaugural de Reativação do C.B.P. (I.N.N.G.)
![Border dourado aula inaugural 4.png](https://static.wixstatic.com/media/a584ec_10d623a67bf24218b6b82c909611d569~mv2.png/v1/fill/w_832,h_424,al_c,lg_1,q_85,usm_4.00_1.00_0.00,enc_auto/Border%20dourado%20aula%20inaugural%204.png)
![Negro de Lima 3.PNG](https://static.wixstatic.com/media/a584ec_9a4df88ab1604bbbbc47dd35d846d8ae~mv2.png/v1/fill/w_669,h_576,al_c,lg_1,q_90,usm_4.00_1.00_0.00,enc_auto/Negro%20de%20Lima%203_PNG.png)
![Foto Dra. Gisele Negro de Lima 1000.JPG](https://static.wixstatic.com/media/a584ec_b376a8d5159f4e9398fb4d4c84aa70af~mv2.jpg/v1/fill/w_100,h_135,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/Foto%20%20Dra_%20Gisele%20Negro%20de%20Lima%201000_JPG.jpg)
Senhora Professora Doutora Gisele Negro de Lima
Doutora em Ciências Médicas pela Escola Paulista de Medicina
Diretora Científica do Conselho Brasileiro de Psicanálise (I.N.N.G.)
Membro do Comitê de Deontologia e Ética do C.B.P.(I.N.N.G.)
Diretora de Pesquisas Biofarmacológicas do C.B.P.(I.N.N.G.)
Membro da Neurociência Comportamental e Neuropsicanálise do
C.B.P.(I.N.N.G.)
2019 - 2023
DEPRESSÃO PÓS-PARTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Caracterizamos a Depressão Pós-Parto é a que ocorre no período do puerpério,
definido cronologicamente entre o parto e os quatro meses seguintes.
Um tipo comum de Depressão pós-parto é chamado de "blues" (ou tristeza), que tem duração de até 72 horas após o parto. E um período de transição e readaptação fisiológica, ou seja, o organismo da mulher, bem como o funcionamento de seu cérebro (psique), se modifica durante a gravidez (principalmente alterações hormonais); após o parto estas modificações desaparecem quase imediatamente, sendo que o cérebro (psique) leva até três dias para acostumar-se com esta situação. Este quadro não necessita tratamento específico.
O quadro da Depressão puerperal grave: é aquele que apresenta todas as características {endógenas} (interiores profundos) (genicas), devendo ser instituído o tratamento o quanto antes, tratamentos estes: psicanalíticos e médicos. Na maioria dos casos, a paciente e a família, "achando normal" o estado de tristeza, e confundindo-o com uma adaptação psicológica à chegada do filho, pode atrasar o tratamento Psicanalítico, Ginecológico, Psiquiátrico e Clínico, com piora progressiva do quadro com o passar do tempo.
Algumas mulheres voltam a apresentar outras Fases Depressivas Endógenas ou Exógenas após anos, sem qualquer relação com o parto. É preciso enfatizar que essa depressão não oferece riscos à criança, a não ser pela suspensão da amamentação materna quando a mãe passa a receber a medicação apropriada do Psiquiatra, Ginecologista e tratamento Psicanalítico.
Assim como, quando a mulher apresenta este quadro a decisão de iniciar o tratamento psiquiátrico, psicanalítico e médico, sendo que a mulher deverá suspender imediatamente a amamentação, pois o leite contém a substâncias hormonais produzidas por catarse em implicação da psicanálise atuante e a medicação prescrita pelo Psiquiatra, Ginecologista ou Clínico.
Entretanto este quadro deve ser tratado o quanto antes, uma vez que durante o quadro depressivo a mulher não consegue manter seus cuidados básicos (alimentação, higiene etc.) ou cuidar de seu filho.
PROPAGANDAS ILUSÓRIAS
As mamães nas propagandas estão sempre maquiadas, sorrindo e felizes com seus maridos e filhos.
Os bebês nos comerciais não choram, não fazem birra, não adoecem, nem acordam a noite.
As redes sociais têm mania de agir como as companhas de marketing. Doces e melosas que até doem a garganta.
AFIRMAÇÃO PSICANALÍTICA FREUDIANA
A vida real nem sempre é assim pelo simples fato de humanidade não ser sinônimo de perfeição. Temos sentimentos, necessidades, emoções e direito de errar e tentar de novo. Assumir isso não diminui o amor de ninguém pelos seus filhos.
Ao contrário do que a maioria pensa, nem todas as mulheres com depressão pós parto (D.P.P.) tem dificuldades de amar seus filhos de cara ou os rejeitam.
A D.P.P. afeta uma entre dez mães e se não tratada pode causar angústia nas mães e crianças.
Pouco se abordam corretamente o assunto, mas é de extrema importância que mães e pessoas ao seu redor estejam amplamente informadas do assunto para melhor ajudar.
Três quartos das mulheres que sofrem de D.P.P não procuram qualquer tipo de ajuda médica ou psicanalítica e em parte isso se deve à pressão de que mães sempre demonstrem estar tudo bem e por não conhecerem muito bem a D.P.P..
SE VOCÊ ESTÁ PRESTES DO PARTO OU CONHECE ALGUÉM NO PÓS PARTO, ATENTE-SE A 9 (NOVE) ASPECTOS PARA FICAR ALERTA PARA A D.P.P.:
1. Se perceber que a mãe se sente desanimada, triste, incapaz de reagir e sentindo-se rejeitada pela família e bebê, pode ser sinal de depressão e terapia especializada pode ajudar muito;
2. Cansaço demais, fraqueza, falta de energia e incapacidade de se concentrar. Sabe quando uma simples tarefa parece mega exaustiva? Então…;
3. Sinais de ansiedade: quando a nova Mamãe se sente aflita com a saúde do bebê de maneira injustificada, quando sente dores fortes (principalmente costas, peito, pescoço e cabeça) e fica ansiosa a ponto de não sair, se isolar e até deixar de atender o telefone;
4. Medo: é comum a nova Mamãe ter medo de ficar sozinha, mas isso passa com a cura da D.P.P. .É importante alguém íntimo dessa mamãe estar com ela durante esse período;
5. Pânico em relação a situações simples cotidianas, como dar banho no bebê, hora do Soninho ou trocar uma fralda;
6. Incapacidade de relaxar. A nova mamãe fica tensa demais, às vezes a ponto de explodir;
7. Obsessão e pensamentos impróprios: a nova mamãe tem medo de machucar o bebê, medo esse geralmente totalmente injustificado;
8. Dificuldade de dormir mesmo quando o bebê está dormindo e:
9. Perda de interesse em sexo. Em geral, o retorno do desejo sexual é o último sinal de que a depressão cessou. É importante muita sintonia e compreensão para que o relacionamento não se abale nessa fase.
As pessoas que cercam uma mamãe com D.P.P. precisam ter certeza de que ela receba ajuda e apoio que necessita, seja das pessoas que a rodeiam como de profissionais (Psicanalistas, Ginecologistas e Psiquiatras).
É importante o conhecimento de que essa é uma doença temporária e que na maioria das vezes não se aconselha separar mãe de bebê, pois pode aprofundar a depressão.
A nova mamãe precisa de apoio, cuidados e não de alguém assumindo o controle. Ela muitas vezes precisa de um tempo para conhecer seu filho e isso a fará bem.
Cansaço e alimentação errada fazem os sintomas piorar. A mamãe com D.P.P. precisa ser Ouvida (Ouvir é ouro. Falar é Prata.), sem julgamentos, o que mais precisa é de atitude positiva e de apoio. Julgar nessa hora só ajudará a afundá-la.
Procurar a companhia de outras mães de bebês e crianças pequenas pode ajudar a não se sentirem isoladas. Mas não se esqueça de procurar ajuda profissional também.
HOMENS TAMBÉM SOFREM DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Depressão pós-parto de pai afeta filho, diz pesquisa:
Uma pesquisa das Universidades de Bristol e Oxford mostrou que a depressão pós-parto em pais (homens) pode ter efeitos negativos de longo prazo no comportamento e no desenvolvimento emocional de seus filhos.
Os pesquisadores constataram que oito semanas depois do parto, 3,6% dos 8.430 pais (homens) estudados aparentavam sofrer de depressão, com sintomas como ansiedade, mudanças de humor, irritabilidade e sensação de falta de esperança.
O estudo, publicado no Jornal Especializado Lancet, mostrou que bebês cujos pais ficaram deprimidos tinham duas vezes mais problemas emocionais e de comportamento na pré-escola.
"Nós já sabíamos que depressão pós-natal em mães pode afetar a qualidade dos cuidados que os bebês recebem e está associada a distúrbios no desenvolvimento social, psicológico e físico", disse o psiquiatra Paul Ramchandani, da Universidade de Oxford.
DESORDENS
"Um número significativo de homens queixa-se de depressão em seguida ao nascimento de seus filhos, mas até agora a influência da depressão paterna nos primeiros anos da vida de uma criança tinha recebido pouca atenção", afirmou.
Ramchandani disse que: "há pesquisas mostrando que adolescentes filhos de pais (homens) deprimidos apresentam taxas mais altas de desordens de psique".
Os pesquisadores estudaram crianças de 3,5 anos, procurando por problemas como preocupação, tristeza e hiperatividade.
Eles encontraram mais problemas em meninos cujos pais (homens) tiveram depressão. As meninas foram menos afetadas.
"Pode ser que meninos sejam especialmente sensíveis por causa do envolvimento diferente entre pais e filhos", disse.
Ele disse que é importante que trabalhadores da área de saúde fiquem atentos para sinais de depressão em pais e ofereçam tratamento psicanalítico e psiquiátrico quando necessário.
CRÉDITOS
Autora
Senhora Prof.ª Doutora Gisele Negro de Lima
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